26 de julho de 2016


Viver mata

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Por Taoana Padilha

Acompanhando as mídias sempre aparece uma novidade QUE MATA. Uma comida, um hábito, qualquer coisa pode, de uma hora para outra, matar. O mais doido é que o que era considerado extremamente saudável em um mês, pode passar a ser mortífero no mês seguinte.

“Coma salmão, tem ômega 3!” “Não coma salmão, é cancerígeno!” “Beba chá verde!” “Pessoa morre por excesso de chá verde!” “Comer carne faz mal.” “Não comer carne faz mal.” “Fazer isso causa aquilo.” “Fazer aquilo causa isso.”

Tudo bem. É a evolução do conhecimento que impulsiona este movimento infinito…Mas o conhecimento evolui de modo tão radical assim, que faz com que o mesmo salmão que fazia muito bem um mês atrás, possa fazer muito mal no mês seguinte?

A ideia que estou me propondo a expor é : VIVER MATA! LIDE COM ISSO.

Uma pessoa pode ter um estilo de vida considerado impecavelmente saudável e adquirir um câncer fatal, por exemplo. Outra, pode viver uma existência de vícios até os 110 anos. E ser, em alguns momentos, feliz. Como todos. Ninguém é feliz integralmente. E se diz que sim, mente. Existem tendências, probabilidades, mas nesse assunto – até quando alguém irá viver? – não existe nenhuma certeza. A única certeza é a de que, a cada dia, estamos, todos os viventes, mais próximos da morte. “A morte é o destino da vida.” Já nos disse Freud.

É a existência da morte, ou seja, o limite da vida, que traz o encanto de se viver.

Você imagina ter que ser você para sempre? Eu não gosto nem de imaginar. EU tenho prazo de validade. E que venham OUTROS!

Coma o que comer, beba o que beber, faça o que fizer, você não estará se protegendo da morte. Você estará escolhendo a sua forma de viver. Faça a sua escolha, e deixe que os outros façam a deles. Carpe diem!

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